O que é que o número três tem de tão mágico?
Não é por acaso que o número três está presente em algumas das nossas maiores histórias, contos de fadas e mitos.
Também não é coincidência que algumas das citações mais famosas ao longo da história estejam estruturadas em três partes, nem é surpreendente que a Regra de Três também faça maravilhas no mundo da comédia.
Tudo se resume à forma como nós, humanos, processamos a informação. Tornámo-nos proficientes no reconhecimento de padrões por necessidade, e três é o número mais pequeno de elementos necessários para criar um padrão.
Esta combinação de padrão e brevidade resulta em conteúdo memorávele é por isso que a Regra de Três fará de si um escritor mais cativante.
Contar histórias
Já alguma vez se interrogou:
- O que é que os Três Porquinhos, os Três Ratos Cegos, Caracóis Dourados e os Três Ursos, os Três Mosqueteiros, os Três Reis Magos e os Três Estarolas têm em comum?
- Porque é que o estrutura em três actos é a abordagem dominante para a escrita de argumentos em Hollywood?
- Porque é que três pontos são mais eficazes do que dois ou quatro?
A Regra de Três funciona nas histórias devido à presença dos padrões concisos e memoráveis que mencionei acima.
Mas mesmo que não fosse esse o caso, o número três tem sido usado tão amplamente em algumas das obras mais memoráveis da nossa infância, que é provável que estejamos pré-condicionados a responder favoravelmente a elementos agrupados em três.
Pense em termos de três quando estiver a elaborar a sua estratégia de conteúdos e é provável que acabe por obter um resultado mais cativante.
Se à primeira vez não for bem sucedido, lembre-se: à terceira é de vez.
Ideias fixas
Pode ver a Regra de Três a ser utilizada a toda a hora em diversas áreas da vida.
Porquê?
Porque as informações apresentadas em grupos de três ficam mais gravadas na nossa cabeça do que outros grupos de itens.
Por exemplo:
- “Vida, liberdade e busca da felicidade”
- “Governo do povo, pelo povo, para o povo”
- “Amigos, romanos, compatriotas”
- “Sangue, suor e lágrimas”
- “Localização, localização, localização”
- “Pai, Filho e Espírito Santo”
- “Fé, Esperança e Caridade”
- “Mente, corpo e espírito”
- “Pare, olhe e ouça”
- “Sexo, Mentiras e Videotape”
- “Eu vim, eu vi, eu conquistei”
O Fuzileiros Navais dos Estados Unidos são grandes adeptos da Regra de Três quando se trata de fazer as coisas e manter as pessoas vivas.
O Corpo de Bombeiros aparentemente experimentou uma regra de quatro, e a retenção e a eficácia caíram a pique.
Se quer que algo fique na cabeça de alguém, coloque-o numa sequência de três.
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Humor
Um dos melhores exemplos do poder da Regra de Três está no mundo da comédia.
Mais uma vez, três é o número mais pequeno de elementos que podem formar um padrão, e os comediantes exploram a forma como as nossas mentes percebem os padrões esperados para o despistar (e fazê-lo rir) com o terceiro elemento.
A Regra de Três enquadra-se na estrutura clássica das anedotas: preparação, antecipação e remate.
O agrupamento em três partes também permite que a tensão aumente e depois seja libertada graças a a surpresa e o absurdo contidos no terceiro elemento.
Aqui tem alguns exemplos humorísticos que utilizam um terceiro elemento chocante dentro da estrutura da Regra de Três.
Primeiro, Laura Kightlinger:
“Não consigo pensar em nada pior depois de uma noite de copos do que acordar ao lado de alguém e não ser capaz de se lembrar do seu nome, ou de como se conheceram, ou porque é que essa pessoa está morta.”
Aqui está um de Jon Stewart:
“Celebrei o Dia de Ação de Graças à moda antiga. Convidei toda a gente do meu bairro para minha casa, fizemos um enorme banquete e depois matei-os e fiquei com as suas terras.”
Usar o humor na sua escrita pode ser arriscado uma vez que algumas pessoas simplesmente não o vão entender, mas utilizar uma abordagem da Regra de Três é uma forma mais segura de fazer uma piada.
Os comediantes profissionais usam-na a toda a hora, e isso é simplesmente porque funciona.
Outras utilizações da Regra de Três
Acredito piamente que escrever pontos como um conjunto de três é a utilização mais eficaz do formato.
Também pode achar que mensagens da lista com três itens vai atrair as pessoas, porque reduziu as coisas à sua essência, sem qualquer tipo de pormenor. E há uma razão pela qual as pessoas gostam que lhes sejam apresentadas três opções em vez de duas ou cinco.
Quando se trata de agradar ao cérebro humano, parece que três é simplesmente um número mágico. Pelo menos é isso que Schoolhouse Rock ensinou-nos quando éramos crianças.