A parte fácil deste processo é seguir as sete lições abaixo.
É muito mais difícil encontrar uma boa conversa.
A triste verdade é que, apesar de existirem algumas pessoas que nunca se calama maior parte de nós é péssima a manter uma conversa minimamente decente.
Estamos com demasiada pressa. Estamos demasiado ansiosos por fazer passar os nossos pontos de vista e desligamos o som quando a outra pessoa fala.
Mas, ocasionalmente, damos por nós a participar numa conversa muito, muito boa. Não só ouvimos a outra pessoa, como a encorajamos a aprofundar e a desenvolver os seus pensamentos. E ela faz o mesmo por nós.
Uma boa conversa é um esforço de colaboração. É uma atividade profundamente criativa. É também incrivelmente vinculativa e gratificante para as pessoas envolvidas.
Se e quando tiver a sorte de ter um dos esses conversas, há muito que pode aprender com elas… sobre redação.
Lição n.º 1: Não assuma que a outra pessoa vê o mundo da mesma forma que você
Quando faz parte de uma boa conversa, ouve atentamente. Faz parte da experiência.
Não ouve apenas o que quer ouvir. Começa realmente a compreender o ponto de vista da outra pessoa, mesmo que não concorde com ele.
Precisa de fazer o mesmo enquanto redator de marketing.
Ponha de lado as suas próprias crenças e pontos de vista por um momento. Ouça atentamente os seus clientes e potenciais clientes. E esteja ciente de que eles podem não partilhar as suas próprias visões do mundo.
Quando perceber como é que eles vêem o mundo, estará em melhor posição para escrever-lhe de uma forma que o ligue verdadeiramente.
Lição n.º 2: Faça perguntas abertas
Os maus conversadores não fazem perguntas. Limitam-se a falar.
Mas numa conversa realmente boa, ambas as pessoas fazem perguntas. As melhores são as perguntas abertas.
Algo do género:
“Ena, não tinha pensado nisso dessa forma. Como é que isso pode funcionar?”
Isto dá à outra pessoa espaço para explorar os seus pensamentos com mais pormenor. Também mostra que se preocupa com o seu ponto de vista e que valoriza as suas contribuições.
Pode fazer o mesmo como redator.
Pode não estar numa conversa real com os seus leitores, mas ainda pode enviar esses sinais positivos fazendo perguntas abertas no seu texto.
Por exemplo:
“Tenho tido problemas terríveis ao tentar carregar aplicações no meu Chromebook. E você?”
Não faço a pergunta com a expetativa de uma resposta. Mas continuo a interagir com o leitor… pedindo-lhe que acrescente as suas próprias experiências à mistura.
Lição n.º 3: Faça uma pausa e crie espaço para a outra pessoa responder
Esta é uma prima próxima da última lição. Trata-se de abrandar e fazer uma pausa, permitindo que a outra pessoa participe e se sinta valorizada.
Numa conversa real, deve fazer uma pausa. Um pouco de silêncio pode fazer maravilhas quando quer que a outra pessoa continue a falar.
Como escritor, pode tentar algumas coisas.
Primeiro, pode ser explícito. Diga algo como:
“Pare por uns momentos. Pare de ler, olhe pela janela e pense um pouco sobre isto.”
Ou pode simplesmente abrandar o ritmo.
Faça o mesmo.
Fácil e agradável.
Lição n.º 4: Mostre empatia
Uma das formas mais simples de demonstrar empatia é refletir o que a outra pessoa está a dizer ou a pensar.
Acontece que, na verdade, estamos programados para fazer isto. Os investigadores descobriram que temos “neurónios-espelho” dedicados que se acendem quando sentimos empatia pelos outros.
Empatia é uma força poderosa nas conversas e também pode ser utilizada na redação de textos.
“Suponho que você e eu não somos muito diferentes… os nossos primeiros rascunhos de texto quase nunca são os melhores.”
Estou apenas a sugerir que somos parecidos.
Estou a mostrar empatia pelas suas próprias dificuldades como redator e a refletir as suas próprias preocupações sobre não conseguir escrever corretamente o seu texto no primeiro rascunho.
Lição n.º 5: Evite ser contraditório ou demasiado insistente
Quando está a vender online, há uma tentação de se esforçar demasiado.
Na nossa ânsia de fazer a venda, ultrapassamos os limites e parecemos um vendedor de carros em excesso de velocidade.
Isso é um verdadeiro estraga-prazeres.
Numa conversa a sós, nada acaba com o momento tão rapidamente como quando uma pessoa começa de repente a lançar algo. A outra pessoa entra imediatamente em modo defensivo e deixa de a ouvir.
Essencialmente, a conversa chegou ao fim.
O mesmo acontece com o copywriting.
Assim que o leitor sentir que você só está interessado em forçar a venda, ele desinteressar-se-á e deixará de ler.
Seja menos vendedor e mais conversador.
Lição #6: Expresse gratidão pelo que a conversa lhe traz
No decurso de uma boa conversa, partilhamos sinais de apreço e gratidão.
Sorrimos ou rimo-nos. Talvez até estenda a mão e toque na outra pessoa. Um leve toque na mão ou no braço.
De forma mais explícita, dizemos “obrigado” ou encontramos outra forma de dizer à outra pessoa o quanto valorizamos a conversa.
No ambiente unidirecional de uma página de vendas ou de um e-mail, é um pouco mais difícil expressar esse tipo de gratidão.
Mas, de vez em quando, porque não dizê-lo?
Experimente algo deste género no seu próximo e-mail:
“Sei que não digo isto muitas vezes… mas agradeço-lhe imenso o facto de continuar a abrir e a ler estes e-mails. Isso significa muito para mim!”
Lição nº 7: Aproveite o poder das palavras e frases curtas
Quando está a conversar com alguém, é quase certo que não presta atenção à extensão das palavras e frases que utiliza.
E, a menos que esteja a falar de um assunto altamente técnico, aposto que descobrirá que a sua linguagem é surpreendentemente simples.
Não precisa de se armar em chique quando está a conversar. De facto, quanto mais simples forem as palavras e frases que utilizar, mais facilmente conseguirá transmitir ideias complexas e persuasivas.
Numa conversa, deixamos de lado todos os hábitos de escrita inteligente que aprendemos.
Em vez disso, usamos a linguagem do dia a dia.
Pode fazer o mesmo com o seu copywriting.
Mantenha a simplicidade, como se estivesse a ter uma conversa com um amigo.
As conversas são o modelo perfeito para um bom copywriting
Quem diria, não é?
Há tantos livros e especialistas sobre o ofício de copywriting.
Mas se estudar uma simples conversa, é provável que observe competências essenciais de copywriting.
Os bons conversadores são óptimos redactores!